Mundial de MotoGP – Irmãos Laverty, Marco Melandri, Ramon Forcada e as regras para 2015 em destaque no mundomoto…
Laverty vai, Laverty vem…
Enquanto o irmão mais velho, Michael, deve virar pedestre no fim do ano, com a extinção da equipe PBM Aprilia de MotoGP, o irmão mais novo, Eugene, rompeu seu relacionamento profissional com a equipe Voltcom Suzuki e deixou para trás seis anos de Mundial de Superbike, com 13 vitórias e 33 pódios, para se dedicar ao mundial de MotoGP. Laverty esteve vinculado ao retorno da Suzuki, mas agora surge a hipótese – ainda não confirmada oficialmente – de alinhar ao lado de Nicky Hayden com uma Honda Aberta no Aspar Team em 2015, como sucessor do ex-campeão das 250 (2009) Hiroshi Aoyama.
O irlandês do norte já esteve nas categorias de acesso, com uma prova como convidado nas 125 em 2004 e 29 largadas na classe intermediária, então as 250cc onde teve como melhor resultado um 14º lugar e terminou o ano como 25º no ranking mundial.
Em suma, assim como o irmão, Michael, Eugene tem remotas chances de se destacar no campeonato, enquanto nas Superbikes foi vice-campeão ano passado, perdendo o título para Tom Sykes. Não sei se foi uma boa deixar de ser destaque no WSBK para apenas compor o grid da MotoGP.
Marco Melandri muda de ideia e permanece nas Superbikes em 2015…
O italiano de 31 anos foi campeão das 250 em 2002 e, depois de boas temporadas na Gresini Honda, onde foi vice-campeão em 2005, com 2 vitórias, entrou em parafuso ao assinar com a Ducati para 2008. Foi um péssimo ano, e a seguir um ano também muito ruim na Kawasaki/Hayate. Melandri mudou-se para a equipe Yamaha de Superbike em 2011 e foi vice-campeão logo no primeiro ano. Duas temporadas na BMW e mais uma na Aprilia, onde ocupa o 4º lugar no campeonato, o fizeram concluir que é melhor permanecer nas motos de produção e desenvolver a RSV4 campeã em 2012 com Max Biaggi.
Para Melandri a Aprilia não vai abandonar o WSBK em 2015, e fará dele um contraponto para a MotoGP, onde a Piaggio, sua acionista majoritária, só deve investir firme em 2016, quando Malandri enfim poderá voltar com chances de vencer. O acordo foi costurado com a intervenção da Dorna, que organiza os dois campeonatos e conseguiu o que queria; o retorno de uma marca grande ao mundial de MotoGP e a manutenção de um campeão do mundo como Melandri no segundo maior campeonato do motociclismo esportivo internacional.
MotoGP de dieta em 2015…
Quando a Comissão de Grandes Prêmios se reúne alguma coisa sempre acontece, para o bem ou para o mal. E em Misano não foi diferente, mas o reflexo foi positivo. O peso mínimo das motos de 1000cc da MotoGP passa dos atuais 160 quilos para 158 no ano que vem, recuando para 156 em 2016.
Outra novidade importante é que as fábricas poderão desenvolver e usar programação eletrônica própria até 30 de junho de 2015. A partir do dia seguinte, 1º de julho, não serão permitidas atualizações de programação, salvo para corrigir erros que afetem a segurança dos pilotos. Na mesma data, todos deverão adaptar seus programas para o software obrigatório para 2016.
Para os fabricantes que ingressarem no Campeonato em 2015 – Suzuki e Aprilia – o prazo é maior, até o final do ano que vem.
Ramon Forcada renova com a Yamaha por mais dois anos como engenheiro-chefe de Jorge Lorenzo
Mais uma definição importante aconteceu em Misano. Apesar de ter sido cobrado por seu piloto em relação aos resultados ruins do início da temporada, Ramon Forcada assinou com a Yamaha para mais dois anos comandando a garagem do tetracampeão do mundo (2006/2007 nas 250, 2010/2012 na MotoGP) Jorge Lorenzo. Forcada foi sondado pela Suzuki para ser o mentor de Maverick Viñales na classe máxima. Lorenzo também espichou o olho em Christain Gabbarini, ex-Reposl Honda, mas as coisas acabaram se acalmando e Gabbarini fechou com Jack Miller na LCR. Vai ter um trabalhão…